Arquivo | junho, 2010

Circuito Tela Verde em Vitória-ES: Cineclubismo e educação para o Meio Ambiente

23 jun

Com muito prazer anunciamos que, neste ano, o Cineclube Cine Kbça tornou-se também um ponto exibidor do Circuito Tela Verde!

A partir do dia 22/06/10 até o dia 12/07, o Cine Kbça vai promover a oficina de formação Educação para o Meio Ambiente e Cineclubismo junto aos núcleos do Projovem Adolescente da cidade de Vitória-ES.

As oficinas tratarão de temas como Bioética, Meio Ambiente, Direito Animal, Educação Ambiental além de, claro, Cineclubismo e educomunicação.

Para articular os debates e fomentar as rodas de conversa, estarão presentes personalidades de referência, como os integrantes do Grupo Abolicionista pela Libertação Animal (GALA) Davi Soares, Gabriel Melotti, Giu Dias e Alan Zocolloto, além da jornalista Fernanda Couzemenco e Luciano Guimarães, atual tesoureiro do Conselho Nacional de Cineclubes (CNC) e integrante do Cineclube Juparanã.

A equipe do Cine Kbça irá circular pela cidade levando os filmes do Circuito Tela Verde aos coletivos do PJA e, por fim, acontecerá uma grande exibição no Cine Metrópolis, que fica na Universidade Federal do Espirito Santo (UFES). A pretensão é levar cerca de 130 pessoas, entre educandos/as e educadores/as das diversas regiões de Vitória-ES ao cinema da universidade.

Entre em contato!

O Cine Kbça fica na Av. Vitória, Ilha de Santa Maria, Vitória – ES

Em frente a antiga fábrica 747 – dentro do espaço físico do CRJ.

e-mail: cinekbca@gmail.com

orkut: Cineclube – Cine Kbça

twitter: http://www.twitter.com/cinekbca

tel: (27) 3132-4042

Por um mundo mais colorido e humano: Caravana LGBT capixaba e Cine Kbça marcam presença no VII Seminário LGBT no Congresso Nacional e I Marcha nacional contra a homofobia em Brasília

2 jun

17 de Maio de 2010, sete horas da manhã de uma segunda feira. Pessoas vão chegando, uns aos outros vamos nos apresentando,as primeiras impressões se formando. Aos poucos um grupo diverso, mas não por isso menos- para não dizer que talvez principalmente por isso tão- coeso vai se configurando;

Um sentimento é latente a todos, a ansiosidade por trilhar quase 24 horas de estrada em rumo a uma mesma causa: A luta por garantir um mundo mais plural e humano; Partimos então rumo ao IV Seminário de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e transexuais do congresso nacional, e à I Marcha Nacional contra a homofobia.

À medida que progredimos no tempo e em nossa jornada, os grupos “do fundão”,mais animado, “da frente”,mais reservado, e “do meio”(das pessoas que justamente se identificam inicialmente com um pouco de cada característica), vão se dissolvendo; Ou melhor: se transformando, se misturando, se tornando algo dinâmico e fluido.

Cansados, porém não menos determinados, desembarcamos em Brasília, DF às seis horas da manhã do dia 18 de março; Rapidamente montamos as barracas, tomamos banho e logo já estamos preparadíssimos para dar continuidade a batalha.

Tomamos rumo ao Congresso, mais especificamente na câmara dos deputados onde às 09:00 dá-se o início ao IV Seminário LGBT do congresso nacional- Direitos humanos LGBT: Cenários e perspectivas. O seminário é promovido pelas Comissões de Legislação Participativa, Direitos Humanos e Minorias, e Educação e Cultura, da Câmara dos Deputados, em parceria com a ABGLT. As pautas propostas são: A união estável de casais homossexuais, estado laico, fundamentalismo religioso e direitos humanos LGBT;

O clima é de euforia e determinação: A maior parte do tempo contemplando através do visor da filmadora, nós do Cine Kbça vislumbramos que, assim como nós, da caravana do Espírito Santo, grupos de todas as regiões do Brasil organizaram-se e enfrentaram exaustivas horas de viagem com espírito militante  de transformação;

Problemas são colocados, promessas de soluções são propostas:

Nos emocionamos com a leitura do texto de Rafael Menezes, sobre o sofrimento e a injusta repressão sofrida por travestis e transexuais; É anunciado que naquele mesmo dia mais uma travesti havia sido morta violentamente; Dentre as exigências colocadas, ouvimos proclamações  para que medidas legais sejam tomadas pela criminalização da homofobia.

Ao final do congresso, algumas pessoas vão à mesa para expor suas contribuições; Antônio Lopes, representante da PROEX, presidente regional do conselho nacional de cineclubes, militante atuante LGBT e representante da caravana Capixaba fez suas colocações, apresentando a todos pontos problemáticos acerca do cenário no Espírito Santo atualmente, como a atuação homofóbica do político Magno Malta, bem como perspectivas promissoras da luta LGBT em nosso estado. 

Ao final do momento no congresso, somos privilegiados com um momento especial da caravana capixaba com figuras significativas para o  movimento e dos direitos humanos. Marcaram presença nesse nosso encontro: A Deputada Federal Iriny Lopes, o senador Renato Casa Grande, Perly Cipriano, Subsecretário de Promoção dos Direitos Humanos da SEDH, Roseléa wille, da coordenação de educação e direitos humanos da secad(secretaria de educação continuada, alfabetização e diversidade) e Wanessa Sechim, coordenadora geral da educação no campo também da Secad. Em clima despojado e a vontade, temos a oportunidade de compartilhar percepções e discutir acerca do cenário LGBT no Espírito Santo.

Já é noite quando voltamos ao acampamento. Apesar do cansaço, a empolgação por estar vivendo um momento rico, compartilhando vivências e conhecendo pessoas de todas as partes do Brasil nos carrega madrugada adentro. O dia seguinte promete!

O amanhecer desponta, e tão logo já estamos preparados para a I Marcha Nacional LGBT, em frente à assembléia, às nove da manhã;

O clima é de luto e protesto: Armados com nossas imponentes bandeiras coloridas, megafones e o coração inquieto, ecoam pelas ruas de Brasília gritos que evocam reconhecimento e igualdade de direitos;

Ouvimos hinos de guerra que nada tem a ver com a violência:

“Eu amo homem, amo mulher, tenho o direito de amar quem eu quiser!”

Já são mais de três horas da tarde quando começa a chegar o fim da marcha, e também de nossa viagem; Caminhamos até o ônibus acabados, mas absolutamente extasiados e felizes;

Viver aquele momento foi sentir a emoção de tantos pulsar também em cada um de nós; Aprendemos muito, compartilhamos muito, e sentimos latente a necessidade de continuar lutando.

Passamos no acampamento, desmontamos as barracas, recolhemos as malas e partimos de volta pra casa;

A luta continua!